Hoje é dia 26 de Julho de 2011. Meia noite e quarenta minutos. Meu bebê está brincando sossegadamente com seus carrinhos (ele é noturno, como eu!) enquanto escrevo estas linhas. Estou ouvindo uma bela música do artista Devakant, chamada “Ten Thousand Buddhas”.
Não é só a bela obra de Devakant que admiro neste momento, mas também as lindas imagens dos Mestres Ascensionados que o Artista Claudio Gianfardoni ilustra com maestria. Uma especificamente atraiu meu olhar, a da Bem Amada Mestra Kwan Yin. Ao contemplar sua imagem é como se ela, telepaticamente, inspirasse em minha alma a mensagem de que eu deveria escrever a minha história.
Bem… aqui estou. Não tenho a pretensão de que este texto seja lido por alguém, pois meu objetivo ao escrevê-lo é apenas seguir um impulso íntimo e talvez abrir um pouco mais as comportas do auto conhecimento.
Eu iniciei minha caminhada na senda espiritual desde muito cedo. Nasci e me criei em meio a livros e conversas de meus pais, pois eles sempre frequentaram centros espíritas, grupos de estudos holísticos e assemelhados. Quando pequeno, lembro-me que eu brincava com um pêndulo (que ainda guardo com carinho) em forma de gota de cobre, fazendo perguntas que sempre eram prontamente respondidas pelos giros daquele instrumento que só anos depois fui estudar mais a fundo.
Anos depois, peguei aleatoriamente um livro na estante da sala da minha casa, forrada de livros espíritas, de auto ajuda, metafísica, controle da mente, Umbanda, Apometria, Sei Sho No Ie, Teosofia, Teologia, Rosacruz, e muitos outros assuntos e linhas filosóficas e de conhecimento… Era um livro de Lobsang Rampa, e enquanto lia, detive-me em uma figura em especial. A ilustração era a de um corpo deitado e sua contraparte astral projetada no ar, pairando acima do corpo físico, que jazia deitado. A ilustração estava toda rabiscada de caneta e no momento veio-me à mente a imagem do Luciano (eu… 😉 bebezinho, folheando e rabiscando o tal livro. A história repetiu-se recentemente, quando fui pegar a apostila de um curso que fiz para relê-la, tal foi a minha surpresa ao ver que a mesma estava toda rabiscada, só que desta vez pelo meu filho, que hoje está com dois aninhos. Sim, fiquei bravo, mas minha alma sorriu alegremente, assim como está sorrindo neste momento!
Além dos livros, que sempre estiveram à mão, muito do conhecimento que fui construindo desde cedo veio do professor Wagner Borges. Lembro com carinho do tempo em que ele frequentemente viajava para Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, para ministrar cursos e Palestras. Eu aguardava sempre com ansiedade a ida dele para a minha cidade. Participei de muitos dos seus cursos e toda base de conhecimento sobre bioenergia, chakras, projeção da consciência, vida espiritual e tudo mais, veio deste grande homem, o Wagner Borges, que marcou muito minha caminhada. Hoje, ao ouvir seus programas na Rádio Mundial, sejam ao vivo ou gravados, me recordo com carinho e alegria daquele tempo.
Mas minha alma, até então confusa e cheia de ansiedade, queria mais e mais e eu literalmente devorava os livros, participava de grupos de estudos, fazia exercícios e aplicava técnicas das mais variadas para ter o que tanto ansiava: uma experiência mística – sem nem saber direito o que era ter uma “experiência mística”. Seja uma projeção consciente, uma visão clarividente ou uma mensagem clariaudiente. Um sintoma qualquer que me permitisse confirmar que as energias sutis de fato existiam e circulavam pelo meu corpo… ou que o mundo espiritual de fato existisse e que eu podia me comunicar com ele – mas nada disso acontecia, mesmo assim eu não desistia, e continuava meu caminho no que eu achava ser a minha senda espiritual, só que cheia de tropeços. Toda LUZ que eu encontrava só ofuscava meus olhos, ao invés de iluminar meus caminhos.
Foi quando resolvi conversar com a mestra que, na época, conduzia um dos grupos que eu frequentava. Relatei minhas angustias e na ocasião recebi a sábia sugestão de parar um pouco, de me preocupar com meus estudos, com meu trabalho, pois eu era muito novo ainda e tinha um grande caminho pela frente, e que no momento certo eu sentiria o “chamamento” para retornar à minha senda espiritual.
Para completar o quadro, naqueles dias eu participei de uma espécie de sessão de mesa branca, na casa de um grande amigo, que recebeu a canalização de uma mensagem dirigida à minha pessoa. Na carta escrita através da psicografia, dentre outras coisas dizia que eu estava com a “intelectualidade abalada por excessos e contradições de doutrinas”.
Foi a gota d água. Eu realmente parei tudo mesmo! Com o tempo, fiquei até cético com relação a uma série de coisas. Desenvolvi um espírito crítico e questionador.
Tempos depois, em meados do ano 2000, conheci Jorge Aguer – uma grande alma, muito conectada com a cultura e conhecimentos do Egito Antigo. Foi em uma palestra dele sobre cultura dos antigos egípcios, onde ele expunha suas belíssimas peças retratando deuses e deusas egípcias, feitas em cobre, que tive meu primeiro contato com Jorge Aguer. Foi com ele que, aos poucos, fui retomando meu caminho no que eu posso dizer ser a minha senda espiritual. Reconheci no Jorge um discurso coerente, equilibrado e foi ele que me estimulou a trabalhar como terapeuta. Fiz uma formação com o Jorge como “terapeuta solar”, onde aprendi uma série de técnicas de cura holística oriundas do conhecimento iniciático do Antigo Egito. Alguns poucos anos depois já comecei a trabalhar em um Espaço de Terapias Holísticas em Caxias do Sul, atendendo pessoas, aplicando as técnicas ensinadas pelo Jorge.
Fiz belas amizades! O convívio, a troca de experiências, vivências e o aprendizado neste período foi fantástico! Foi ali que conheci o Tídio, um líder espiritual da tribo Cariri Xocó, de Alagoas, que duas vezes no ano fazia atendimentos neste mesmo espaço em que trabalhei. Foi com ele que aprendi a consagrar a chanupa e a chanduca, que guardo com carinho até hoje. Foi neste ambiente que conheci a querida Delfina, Mestra em REIKI e foi com ela que incorporei esta belíssima técnica em meus atendimentos. Fui evoluindo e nem sei se hoje ela sabe que, mais tarde, formei-me também como professor de Reiki e estou ensinando esta bela técnica, inspirado pelos primeiros conhecimentos que obtive com a Delfina.
Entre o final do ano 2007 e início de 2008, o Universo me impulsionou a vir morar em Florianópolis, local onde meu desenvolvimento na senda deu um verdadeiro salto quântico. Aqui, conheci a Magia Divina das mãos do Hélcio do Prado, que hoje posso dizer, é um grande amigo! A Magia me abriu um universo de possibilidades e me forneceu uma sensação de segurança em meus trabalhos que não há como explicar. Foi aqui que meu caminho se cruzou um querido irmão de Jornada… e foi com ele que conheci o Magnified Healing e por isso talvez a Abençoada Mestra Kwan Yin tenha me inspirado a escrever estas linhas, pois é ela que adorna os altares e abençoa os praticantes desta linda técnica.
Foi aqui que conheci pessoalmente dois profissionais hiper gabaritados, cujo trabalho eu já acompanhava há muito tempo. Flavio Girol e o Marcelo Althoff, que me deram a oportunidade ímpar de trabalhar com eles em seus projetos de domoterapia (medicina da habitação). É com eles que estou aplicando e aprendendo muito sobre a Radiestesia, Geobiologia, Radiônica, Cromoterapia e muito mais. Foi aqui em Florianópolis que também conheci a Mãe Bia e através dela a Umbanda. Foi ela que me abriu os olhos e tirou muito do preconceito que eu tinha sobre esta linda religião Brasileira, mas cuja origem é de matriz africana. Foi no Terreiro da Mãe Bia que conheci e conversei com entidades maravilhosas, que me ajudaram muito! Apesar de não seguir na religião Umbanda, eu aprendi a ter um profundo respeito e admiração pelos trabalhos da lide umbandista.
Está sendo com a Carina Greco, um verdadeiro Ser Iluminado das Estrelas, que estou aprendendo a Apometria Quântica, aplicando este maravilhoso conhecimento e tendo a oportunidade de colocá-lo à disposição das pessoas através do meu trabalho como terapeuta.
Hoje eu tenho convicção de que retomei meu caminho – a minha senda espiritual – com mais consciência, maturidade e equilíbrio e com a certeza de que todas as pessoas que tive a oportunidade de conviver e aprender, foram mestres que deixaram uma pequena semente que aos poucos floresce. Eu não tenho um só mestre, mas reconheço como Mestres todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, fizeram com que eu abrisse um pouco mais a minha mente e a minha consciência, seja através do caminho do Amor, ou da dor.
Neste momento meu bebê já dorme com a mamãe, minha alma gêmea que ilumina minha vida. Eu vejo meus amores deitados, aconchegados na cama e com emoção agradeço a Deus e ao Universo pela família abençoada que eu tenho!
A música que toca agora é “The Beloved Earth” também de Devakant. E voltando a apreciar a imagem da Mestra Kwan Yin, sinto uma sensação de conforto, de carinho. É como se eu estivesse aninhado em um aconchegante abraço e com a convicção de que o Amor, a Fé e o Conhecimento estão dentro de mim, em meu coração, para que eu continue a seguir o meu caminho – a minha Senda Espiritual – com força, determinação, serenidade e humildade, pois tenho a certeza de que sou um ser espiritual vivendo uma experiência material, e não o contrário!
Fiquem na LUZ!!
Luciano Felipe Debastiani